sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Araguaína 22 de setembro de 2016
CEM Benjamim José de Almeida
Aluno (a): Anna Vitoria Araújo Sousa
Turma: 3301

 A rua estava escura e tranquila, passara por ali ao acaso um homem de bicicleta, Macabéa aos poucos se levantava, sentou-se no meio fio, o homem a limpava-lhe, o rosto estava coberto por sangue.
                -Desculpe qual sua graça senhorita?
                -Macabéa
                -Engraçado nunca tinha visto esse nome.
                -Mas você não é loiro!
                -Ora! Julgas-me porque sou negro?
                -Não sei.
                -Ao menos pergunte meu nome, a senhorita deve ter batido a cabeça.
                -Diga.
                -César
                -Eu preciso ir, trabalho cedo, sua licença, por favor.
                -Deixe-me que acompanho.

Atrapalhada Macabéa aceita o pedido do moço, ela se encanta com o homem, os dois tem hábitos comuns, ouvem a rádio relógio, Cesar a aconselha que faça uma faculdade, ele a julga boba e que não tem conhecimento acerca do mundo. Ele era cobrador de ônibus, por ventura era o ônibus que Macabéa pegava para ir ao trabalho. Chegam no destino e se despedem.
                Macabéa ao chegar toma um banho e se dar o luxo de passar o hidratante de morango que tinha comprado há uma semana e nunca usara, tinha vontade de comê-lo, era tão apetitoso, mais ainda que nos anúncios. Ao deitar se pensa na cartomante que a enganou, o possível amor de sua vida não era rico, loiro, muito menos estrangeiro, era apenas um cobrador de ônibus, como teve coragem de aceitar ajuda de um desconhecido, sentia arrepios, meditava enquanto silenciosamente levantava para pegar o rádio e escutar os anúncios, que não a distraia e não parava de pensar em César.
                Alegrava se todas as manhãs quando o encontrava no ônibus, marcaram um encontro na praia. A datilógrafa estava atordoada, o que estava acontecendo, toda vez que se encontrava com Cesar tinha tremeliques e arrepios, ficava ofegante. Durante um desses encontros se beijam e ele a pede em namoro, fato ocorrido num restaurante.
                Macabéa agora não era apenas uma datilógrafa virgem que gostava de Coca-Cola, era a namorada de César Sousa Porto, o cobrador do ônibus.
                Após dois longos anos de namoro se casam, ele foi promovido a motorista de ônibus, ela cursou uma faculdade, era professora e mãe de família. Viver é luxo, Macabéa agora vivia, não morava no luxo para ela e sua família viver bastava agora conhece a felicidade.
                Agora ei de procurar minha felicidade, seria amar? Não cabe a mim definir felicidade, quero senti-la, por enquanto só me resta golear um whisky, e esperar a minha hora da estrela.


2 comentários:

  1. Seu texto foi bastante realista de acordo com a vida que Macabéa tinha, foi um final muito interessante e a ultima frase bem marcante. Marcos França 33.01

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  2. Gostei muito do seu texto, Macabéa sempre ingénua, achou que César não era seu "príncipe" pelo fato de ser moreno. Rodrigo S.M certamente se fosse criar um final de diferente, criaria bem parecido com o seu, pois ele certamente não iria querer que Macabéa se envolvesse com alguém que não fosse de classe parecida com a da mesma.E esse final tu arrasou, com esse pensamento próprio, de qual seria a sua felicidade.
    Nayanne Rocha 33.04

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